terça-feira, 26 de outubro de 2010

Quatro noites no Caribe

Noite quatro

Era o quarto dia. O último dia. Na manhã seguinte estaríamos descendo para a entrada do hotel com nossas malas e memórias da nossa viagem de formatura. Fomos ao parque de diversões durante o dia. Consegui ficar mais escura do que já era. Voltamos para o hotel e fizemos reserva no restaurante japonês do hotel. Fomos tomar banho e depois decidimos ir jantar no Hard Rock Cafe. Cancelamos a reserva e chamamos os taxis. Foi engraçado, conversamos bastante e ficamos rindo atoa. Voltamos e foram todos dormir no meu quarto. Estávamos cansados de ficar acordando tão cedo e dormindo tão tarde. Abri a porta, peguei meu lugar na cama e já dormi, nem troquei de roupa. O despertador tocou e começamos a arrumar nossas malas. Pois é, iríamos voltar para São Paulo. Chegamos no aeroporto e fizemos nosso check-in. Dormi a viagem toda de Cancun até a Cidade do México. Tivemos que fazer conexão e o tempo entre um vôo e outro eram 6 horas. Deitamos no chão, um em cima do outro e dormimos. Depois acabei com o dinheiro que tinha no cartão, comprando coisas no freeshop. Fiz amizade com o vendedor, e como alguns sabem, lá possui uma bancada com todas as bebidas que são vendidas para experimentar. Me acabei com Jack Daniel's, minha bebida preferida. Entrei no avião tonta, mas ninguém percebeu. Fiquei assistindo um filme em espanhol e depois jogando tetris com o Leandro. Pronto, estávamos no Brasil novamente.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Quatro noites no Caribe

Noite três

De dia fomos ao shopping. Comprei maquiagens, roupas e claro, mais tequila. Deu sete horas e estava escuro. Os táxis em Cancun costumam ser vãs, como é uma cidade turista e tudo mais. Entramos em duas vãs pretas com aquele monte de sacolas. Me senti em um filme americano. Chegamos no hotel e teria uma balada no primeiro andar. Demoramos séculos para nos arrumarmos e lá estávamos nós. Nos sentamos e ficamos ouvindo a música. Era parecida com a que tocava no Brasil, mas mais estranha. Começamos a dançar e alguns dos meus amigos foram jogar algo na mesa de bilhar, que ficava ao lado da pista. Como estávamos hospedados no hotel, nos aproveitamos das bebidas grátis. Começou a tocar música mexicana. Eu não sabia dançar isso. Ninguém sabia. De repente um garoto me puxou e insistiu em me ensinar. Morri de vergonha mas aceitei. Ele começou a me fazer perguntas e eu respondia com ignorancia, afinal, estava concentrada em não pisar em seu pé. Curti a noite toda e quando deu 2 horas já estava cansada daquele lugar. Chamei a Marina e tivemos uma brilhante idéia. Conseguimos um número de um táxi e em 20 minutos ele estaria nos esperando la recepção. Nos maquiamos novamente e subimos no carro. Pedimos para que nos levassem até o centro, onde se localizavam as baladas. Descemos e meu deus, havia uma em cada esquina. Você andava na rua e só via as luzes invadindo a calçada, a quantidade de pessoas nas ruas. Escolhemos o que parecia mais agitado e fomos para a fila. Quando entramos no lugar, era lindo. Tenho alguns borrões de memórias dessa noite. Sei que eu e a Marina estávamos 8 da manhã em nossos quartos, sem a monitora desconfiar de nada que havia acontecido.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Quatro noites no Caribe

Noite dois

Dormimos todo o trajeto até as pirâmides maias. Ouvimos o instrutor contando histórias sobre essa civilização e fingimos prestar atenção (como se conseguissimos). Eram oito horas da noite e estávamos no hotel novamente. Enquanto duas das minhas colegas de quarto subiam para tomar banho, eu e Camila resolvemos jantar. Comemos tacos e nachos. Subimos e tomamos nosso banho. Depois que todos já tinham jantado, os chamamos para assistir um filme no nosso quarto. Assistimos Toy Story, mas com um detalhe, em espanhol. Eu dormi na metade e sei que 2 da manhã acordei no sofá nos braços de Leandro. Alguns garotos ainda estavam acordados assistindo um programa pornô. Fiquei só observando o movimento do quarto, já era madrugada e não parava de entrar e sair pessoas do local. Resolvi levantar e fui até o quarto onde as minhas amigas Marina e Yasmin estavam. Chamei elas para ir sentar na areia da praia e ficar olhando o mar enquanto aquele vendo gostoso batia. Descemos e quando estávamos passando a piscina para descer na areia, um funcionário do hotel se aproximou falando algo em inglês. Não entendi nada e pedi para que ele falasse espanhol. Estava na hora das tartarugas sairem para desovar e só poderiamos descer um hora depois. Resolvemos ir na creperia que se localizava dentro do hotel mesmo. Pedi um de chocolate e elas duas de morango. Tomamos um café para ficar mais acordadas. Eu estava com uma bolsa e uma garrafa de tequila dentro dela, ainda havia metade da noite anterior. Deu a hora e descemos pra praia. Terminamos a garrafa e ficamos la sentadas, conversando, rindo e brisando até o nascer do sol. Já viu o sol nascendo numa praia do Caribe? Incrível. Subimos para os nossos quartos e dormimos até as 10, já que o passeio desse dia seria somente a tarde.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Quatro noites no Caribe

Noite um

Acabaram as atividades do dia e me despedi de minha monitora falando que estava com sono. Ela não me incomodaria mais aquela noite. Fui pro quarto em que dividia com 3 amigas e fomos todas pegar a garrafa de tequila que estava no armário. Ligamos a água e entramos na banheira. Party in the tub, eu gritava bem alto. Começamos a cantar loucamente Ke$ha, músicas antigas e tudo que nos vinha a cabeça. Alguém gritou CORRIDA e só sei que sai correndo e me joguei no chão do quarto, cheia de sabão. E lá estávamos nós quatro deitadas no chão, agora todo molhado, rindo rindo e rindo. Me levantei e fui para a varanda com vista para o mar de Cancun. Então, a campainha tocou. Gelamos. Se fosse a monitora iriamos ser deportadas de volta para o Brasil e com certeza, suspensas do colégio. Olhei pelo buraco da porta e eram os garotos. Não sei como, mas consegui abrir sozinha. Cinco minutos depois, já tinham tirado boa parte da roupa e estavam todos bêbados, rindo sem parar. Queria saber quem teve a brilhante idéia de abrir nossas malas e fazer um desfile. Agora além do quarto estar encharcado de água e sabão, nossas roupas também estavam. Eu passando maquiagem nos garotos, batom vermelho todo borrado. Olhei pro lado e Camila estava jogando Rafael na banheira. Olhei pro outro lado e vi a hora que o relógio marcava. 6 horas. Uma hora depois deveríamos estar na recepção do hotel para o passeio do dia. Nos enfiamos no chuveiro, alguns com as minhas roupas tiradas da mala, outros só de cuecas, calcinhas e afins. Acordei com o telefone tocando, me levantei da banheira e meu deus, não tinha noção da bagunça que tínhamos feito noite passada. Estavam todos dormindo ainda. Atendi e eram os garotos do quarto 640, eles não haviam participado da “festa”. Me perguntaram se eu estava pronta pra ir tomar o café da manhã, pois já eram 6:40. Falei que podiam ir sem nós. Comecei a acordar correndo todos os 7 que ainda estavam dormindo e nos arrumamos mais rápido do que nunca. Deixei a placa de não perturbe pendurada na porta para a camareira não entrar no quarto, teríamos que arruma-lo assim que chegássemos. Não deu tempo de comer, mas 7 horas em ponto estávamos os oito sentados nos sofás da recepção, sem ninguém nem imaginar a noite que havíamos passado.

sábado, 17 de julho de 2010

Um carnaval louco

Parte dois

Ligue para outros amigos que estavam em um lual em uma praia do lado, e eles nos chamaram pra ir para lá. Fomos para o ponto de ônibus, esperamos um tempão e nos tocamos que não passava ônibus aquela hora. Foi ai que um carro com 4 garotos passou e nos ofereceu carona. Aceitamos. Sim, somos loucas. Expliquei o caminho direitinho e o idiota do garoto que dirigia errou e ainda me culpou, dizendo que eu estava bebada e não sabia o que falava. Descemos do carro e um deles tentou beijar a Vitória. Ela não deixou e ele ofereceu o piercing do mamilo pra ela colocar na boca. Ela disse que não precisava e voltamos pra praia. Pelo menos ainda restavam algumas pessoas lá, eram 5 e pouco e estava perigoso ficar ali. Deitamos na areia e começamos a ver estrelas, até que dois garotos sentaram na nossa frente. Fomos conversar com eles e descobrimos que eram gêmeos. Nos olhamos e demos risada, ele não entenderam nada. Deitamos e ficamos vendo as estrelas até o sol nascer. Foi super romântico, apesar de termos conhecido eles naquele momento. Voltamos para o ponto mas o outro lual já tinha acabado, então resolvemos ir para a casa desses amigos. Não sei como, mas conseguimos chegar lá. Eram oito da manhã e e estávamos tocando a campainha. Nossas roupas ainda umidas e cheias de areia. Entramos, bebemos mais um pouco, subimos para o 3º andar onde tinha vários colchões no chão e dormimos. Eu, Vitória e mais três garotos. Acordei umas 3 horas depois, com um telefonema do meu pai pedindo para voltarmos para casa que teria um churrasco. Pegamos nossas roupas que já estavam secas, demos um pulo rápido na piscina e fomos novamente ao ponto de ônibus. Paramos na casa de Gabriela para pegar nossas coisas. Quando chegamos lá estavam as três na piscina comendo. Nós duas estávamos morrendo de fome e calor, mas elas não nos convidaram para comer nem para nadar. Comemos mesmo assim e fomos pegar o outro ônibus. Cerca de 40 minutos depois estávamos no carro de meu pai, com ar-condicionado. Ele não descobriu nada. Ainda restavam alguns dias de carnaval, e pode ter certeza que aproveitamos muito bem.

Um carnaval louco

Parte um

Era carnaval e eu estava na casa de praia do meu pai com a Vitória. Queríamos ir para a praia vizinha, que era conhecida por ter o melhor lual. Eu disse para meu pai que iria dormir na casa de uma amiga e eles nos deixou no ponto de ônibus. Pegamos o ônibus umas 11 horas da manhã, e logo estávamos em Riviera. Combinamos de encontrar com duas amigas minhas, pois como eu tinha morado lá dois anos atrás, conhecia algumas pessoas. Liguei para outras duas amigas de São Paulo que estavam lá e nos todas nós nos encontramos no shopping. Decidimos passar na casa da Luiza. Fomos até lá e ela não estava. Saímos andando por ai até que um garoto nos parou na rua e perguntou se a gente queria ir em uma House Party. Aceitamos e entramos na casa. Haviam umas 15 pessoas lá, eles tinham alugado a casa por uns dias e como eu e a Vitória não tínhamos lugar para dormir, ofereceram. Falamos que íamos pensar e depois de tomar um pouco da vodka fomos embora, combinando de nos encontrar no lual de noite. Fomos pra casa da Gabriela nadar na piscina, tiramos várias fotos e fomos nos arrumar para o lual. Deixamos nossa bolsa na casa dela, já que iríamos "dormir" na rua. Nenhuma de nós duas entendia o motivo por Gabriela não nos convidar para dormir na casa dela, enfim. Ligamos para outros amigos de São Paulo para ver se eles iríamos e la fomos nós 5. O lual estava cheio! Ficamos na praça por um tempo conhecendo pessoas, até encontrarmos outros 3 amigos de São Paulo. Nisso passou uma garota que odiávamos na nossa frente, e por coincidência ela era amiga desses amigos. Um deles foi conversar com ela e durante a conversa ela nos encarava. Quando ele voltou perguntamos o que havia acontecido e ele disse que estava conversando sobre a gente. Ela disse que dávamos em cima do ex-namorado dela, vulgo Pedro Lanza. Nesse momento me deu vontade de soca-la, mas ignorei. Entramos na praia e formamos uma roda, ficamos conversando na areia até resolvermos comprar bebida. Chegaram os outros garotos e compraram algumas garrafas de vinho. Já era uma hora e nossas 3 amigas tinham que ir embora. E eu ficava pensando em onde ia dormir. Eu e Vitória bebemos mais um pouco e então eu comecei a conversar com o João, ele me beijou e como eu estava meio alterada, deixei. Depois de alguns minutos ele estava beijando outra, pouco me importei. Se passaram mais alguns minutos e ele veio me pedir desculpas, falando que só me queria, queria ficar só comigo. Comecei a rir. Ele me levou pro mar e ficamos lá molhando os pés. Não deixei ele me beijar de novo. Depois que voltei, Vitória estava ficando com o irmão gêmeo dele, mas no escuro nenhuma de nós percebemos que eles eram gêmeos (apesar deles serem iguais) só quando vimos eles novamente em São Paulo. Já era 3 horas e eles foram embora. Encontrei alguns antigos amigos da época que eu morava lá e eles disseram que eu mudei. Eu realmente havia mudado. Voltamos pra praça e vimos nossos 3 amigos que ainda estavam lá. Vitória estava com vontade de ir ao banheiro e eu disse pra ela fazer no mar. Ela não queria ir sozinha. Então demos nossas roupas, dinheiro, celular e tudo na mão de nosso amigos e corremos pro mar. Estava escuro, então ninguém viu nada. Voltamos, vestimos a roupa de novo e ficamos conversando. Vitória perdeu o piercing do lábio. Eu ia dar o meu pra ela, mas ai eu ia ficar sem. Fomos todos no shopping do lado, mas só a farmácia estava aberta. Compramos um brinco e ela colocou na boca. Já eram 4 e meia e nossos únicos amigos restantes foram embora.

Party of "Roberta"

Parte quatro

Nada muito interessante aconteceu depois de tudo isso. Fui falar com Henrique e ele confirmou a teoria de Gabriela. Ele achava ela uma completa idiota. Lá estavam dois dos meus melhores amigos brigados, tenso. Minha mãe me ligou e disse que já estava indo me buscar. Briguei com ela porque ainda era 1 hora, mas tive que ir pra casa. Enquanto esperava ela chegar, Antônio me pediu para dar um beijo triplo com Mathias, e depois sair, pois ele não tinha coragem de beija-lo. O plano estava pra dar certo, mas minha mãe chegou. No dia seguinte liguei para o Henrique que tinha ficado na festa até as 5 horas para ele terminar de me contar o que tinha acontecido. Ele me disse que tinha esperado o metro abrir e o irmão de Roberta levou eles até la. O melhor foi o Antônio contando que quando o Gabriel espirrava, ele dizia saúde e a Vitória de tão mal-humorada que era falou: Se você falar mais uma vez saúde, eu vou te socar. Me contou que o Gabriel tinha dormido no sofá, mas foi o único a dormir. Bem, a festa havia acabado. No dia seguinte todo mundo comentava e descobria as besteiras que tinham feito. E o que eu mais ouvia era: Foi foda.